Nos tempos de instantaneidade, absorvemos o comportamento do imediatismo para tudo e para todos.
Não é diferente no esporte.
Corpo e mente juntos o tempo inteiro buscando formas de ultrapassar limites. E a dor pode ser um deles.
Mas até que ponto estamos conectados com isso? Percebendo os sinais?
Quando a dor chega, somos munidos de inúmeras ferramentas para eliminá-la, mas nem sempre estamos prontos pra lidar com o tempo.
Sentir dor é parar. Parar quando nem você foi capaz de perceber essa necessidade. É observar o passado e direcionar o presente.
Estamos falando de algo não palpável. Invisível. E cavucar o tempo em busca da materialização da dor é tarefa tão difícil quanto a percepção dos seus limites.
Tudo isso em meio a incompreensão externa. É se fazer invisível também. A relação com o esporte muda. O olhar pra dentro é obrigatório. Colocar luz e tornar carne os sentimentos. Ganhar informação e liberdade, expansão e coragem.
Um caminho profundo e sem volta que te fará quebrar barreiras e te colocará inúmeros passos à frente da impercepção externa.
Na foto, um cachorro amputado; uma escalada fria de dedos congelados logo que tocaram a primeira agarra; uma escaladora com gripe de vários dias após uma reviravolta no espaço tempo pessoal; e uma cadena tentada inúmeras vezes e guardada para o depois. Lidando com o tempo.
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